terça-feira, 24 de novembro de 2009

E tu? agradeces o muito que tens?


Será que somos felizes com o muito que temos?

Ou será que nunca estamos satisfeitos e reclamamos a toda a hora a nossa sorte?

Já dizia o ditado: "Deus nos dê muito e nos contente com pouco."

É tudo uma questão de perspectivas, espero ter alterado a tua por uns instantes.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Ausência de ti

Ausência de ti...

É dos locais mais belos na Serra da Freita em Arouca, mas também é dos mais difíceis de aceder.
Todo o espaço é de uma rara beleza e harmonia. Tudo se encaixa sem conflitos, sem desordem, sem desejos de poder.
Respira-se paz e harmonia. Respira-se a ausência do Homem.

Serra da Freita - Arouca - Aveiro - Portugal

sábado, 7 de novembro de 2009

5.º Contentor de solidariedade

Não pára esta onda de solidariedade do Povo de Carregosa em particular e de Portugal em geral.

Desde o ano de 2007, este já é o quinto contentor repleto de roupa, produtos alimentares, brinquedos, ferramentas, material escolar, loiça e muito mais.
Mas o mais importante que segue com isto tudo é o carinho e afecto pelo povo Santomense.

Até Junho de 2010 deve de seguir o sexto.
Visite a página oficial da missão em casafizdomundo.org

sábado, 31 de outubro de 2009

Na Cama do Sol...

Na cama do Sol

"Eu sou da cama do Sol, lá de Cabo verde."

Dizia-me alguém em São Tomé e Principe com aquele brilho nos olhos que nos trespassa o coração. Mais de 30 anos de saudades.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

GLOBALIZAÇÃO QUAL QUÊ...!!!


A globalização chega a todo lado, até a São Tomé imagine-se.

Cada vez mais, vemos o absurdo no mundo das riquezas concentradas, e não precisamos de falar Milionários do petróleo, do cinema ou do desporto.
Falemos de nós, falemos de mim e de ti.
O que se passa na nossa cabeça para perdermos tempo a ver homens a correr atrás de uma bola, quando podíamos usar esse tempo a cuidar do outro (só um entre milhões de exemplos que poderíamos enunciar);

Todos os dias morrem milhares de pessoas à fome... à fome.... E que posso eu fazer dizes tu.
No mínimo deves agradecer o que tens na mesa, todos os dias. E quem diz na mesa, diz no bolso, na garagem, no pulso, nas orelhas, etc..etc..etc...

No dia em que o consigamos fazer diariamente, acredito que o amanhã poderá ser muito melhor para muita gente, pois essa atitude abre-nos o coração para a caridade, para a solidariedade e eu acredito que estes valores, tal como a gripe A, são altamente contagiosos, digo eu...

Fica bem

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Caminhos de Santiago, caminhos para a vida!


Caminhando com rumo, caminhando com destino...
É assim que todos sonhamos a vida.
No entanto nem tudo nos sorri, mas acredito que perante qualquer que seja a dificuldade, podemos sempre ter um rumo, um destino.

Caminhos de Santiago, caminhos para a vida!

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Um ano depois

Precisamente à um ano atrás, pousei eu os pés na linda e acolhedora Ilha de São Tomé.

A vegetação era algo que eu ansiava por poder ver e tocar, assim como sentir o odor da terra, o odor de África.

Assim que o avião aterrou logo me precipitei sobre a janela e lá estavam as palmeiras, bananeiras e o capim, pintando de verde o meu sonho de conhecer África. As primeiras pessoas que vi foram muitas mulheres em fila indiana com bacias à cabeça. Esperavam que o avião passasse para que pudessem atravessar a pista de aterragem.

O caos no aeroporto marcou no imediato uma tremenda distância na diferença entre Portugal no que toca ao acesso a determinadas tecnologias.

Cá fora, dezenas de crianças esperavam pelos recém chegados a São Tomé para tentarem trocar peças de artesanato por alguns euros ou simplesmente por um caderno escolar.

As irmãs esperavam felicíssimas pelos "missionários" de Carregosa e levaram-nos de imediato à residência hospitalar de São Tomé para que lá, pudéssemos tomar o pequeno almoço. A nossa primeira refeição em São Tomé. (Pão de São Tomé com manteiga de Oliveira de Azeméis, combinam muito bem).

Fomos ao centro da capital tratar de algumas burocracias com respeito ao levantamento do contentor que havíamos enviado de Carregosa com algumas toneladas de alimentação, brinquedos, roupas, material escolar, ferramentas, tecidos, etc, etc, etc. Apenas oito dias depois o conseguiríamos tirar de lá e com muita tentativa de corrupção pelo meio. "Leve leve", diziam eles quando nos aborrecíamos por esperar um dia por uma assinatura.

Fizemos um visita ao lar da santa casa da misericórdia em São Tomé onde tive o prazer de "conversar" com uma senhora com mais ou menos 107 anos de idade. Em São Tomé, os velhos são olhados como bruxos e abandonados à sua sorte. Muitas vezes dormem no chão, por debaixo das suas próprias casas, pois perderam o direito a lugar na obra que outrora foi deles.

Voltamos a meio da manhã à residência das irmãs para tomar o "mata bicho", um género de lanche, pois o Sol já raiava desde as 5 da manhã.

Partimos finalmente para Neves e o caminho é deslumbrante. Grande parte feito à beirinha do mar com paisagens fenomenais. Pelo meio ainda paramos umas duas vezes para comprar carvão e fruta.
Chegamos a Neves, a segunda maior cidade do país, que mais parece o casal ventoso. Casas em madeira ou chapa, ruas em terra, dezenas de mulheres e crianças na berma da estrada tentando vender fruta, peixe ou carvão. Nas tabernas, que parecem a Tômbola da nossa paróquia, já se notam alguns sinais de alcoolismo em jovens e menos jovens. Barulho, muito barulho, fala-se extremamente alto, grita-se, assobia-se e o cheiro é, inicialmente, insuportável.

Lar doce lar. Pisamos o chão em casa da irmãs em Neves e fomos levados a conhecer uma casa em madeira que havia sido construída num mês com o propósito de nos albergar e à qual viríamos a baptizar de "Casa Fiz do Mundo", com direito a destapar de placa e discurso. Claro que tudo isto longe das objectivas e câmaras dos paparazzis.

Estranhamente fomos almoçar, pois tinhamos feito tanta coisa e ainda era meio dia. -"Até Domingo não trabalhais, ides passear e conhecer este país", dizia a irmã Lúcia com o brilho nos olhas e a alegria de voltar a ter gente de Carregosa na sua casa. Levou-nos a ver a carpintaria, o aviário, a urbanização Mãe Clara, a padaria do Duda, o Lar da terceira idade e todas as instalações que três simples mulheres geriam.
Já na companhia da Irmã Maria do Céu, fomos visitar uma roça para vermos algumas das muitas instalações construídas por nossos conterrâneos, e que hoje estão ao abandono e sem uso. Paramos numa praia onde tocamos a água tropical e podemos observar a linha do horizonte longe, muito longe, como nunca eu tinha visto. O por do Sol estava lindo e com toda aquela vegetação, sentia-me num sonho. Mas a pobreza rodeava tudo isto e muita coisa estava para acontecer, muita coisa estava para mexer e abanar connosco.

Regressamos a casa e rezamos as vésperas, jantamos e fomos dormir ao som de África.

Foi assim o meu primeiro dia em São Tomé e Príncipe a 10 de Julho de 2008.

"Hoje é o primeiro dia do resto da minha vida." - Sérgio Godinho

sexta-feira, 26 de junho de 2009

MICHAEL JACKSON

A música faz sempre parte das recordações da adolescência de qualquer ser humano, os anos 80 marcaram-me profundamente e ontem, quinta-feira, dia 26 de Junho de 2009, faleceu o Rei Pop, o símbolo musical dos anos 80. As cassetes que eu tinha rompiam-se de tanto rodar. Revolucionou a dança e os vídeos musicais. Foi o primeiro Afro-Americano a passar na MTV.
Foi um lutador pelos direitos humanos, pela erradicação da fome em África. Acusado de pedofilia, que penso que nuca se veio a provar, passou por uma fase muito polémica da sua vida.
O mundo ficou muito mais pobre. Venham mais destes.





segunda-feira, 22 de junho de 2009

Diz-Parates, o fim de um sonho

Em Julho 2000 fundou-se oficialmente a URATE (União Recreativa "Os Amigos da Terra), uma associação juvenil sem fins lucrativos e com o seu principal objectivo colocado na formação cívica dos jovens.
Em Janeiro de de 2001 apareceu o teatro e avançamos com uma peça adaptada do Auto da Barca do Inferno de Gil Vicente intitulada "Auto do Iate do Inferno". Esta, inicialmente trazida para o nosso seio pelo Renato Oliveira de um trabalho realizado na escola onde estudava na altura. Então a Isabel Cristina adaptou toda a peça para sátiras locais e aí nasceu o nosso primeiro trabalho teatral.
Um ano depois, avançou na URATE uma acção de formação na área da técnica de Clown onde nasceu um pequeno trabalho com vegetais a servir de telemóveis. Pegando neste, preparamos um outro para o aniversário do GOTA (Grupo Oliveirense de Teatro Amador) encenado pela Isabel Cristina.
Nesse mesmo ano recebemos o convite do Gabinete da Cultura da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis para participarmos no Festival Concelhio de Teatro. Logo nasceu a ideia de aprofundarmos o pequeno trabalho acima referenciado.
Na altura eu ainda não fazia parte desse trabalho, viria a ser convidado a quando da decisão da participação no festival concelhio. Aceitei de bom grado, até porque no Auto do Iate do Inferno, larguei o palco por uma lesão grave no joelho.
Inicialmente ensaiávamos nas instalações do Centro Social e Cultural de Carregosa, mais tarde passaríamos a ensaiar no salão de cabeleireiros Dona Dilunna, pertença da Isabel Cristina, e no final na escola primária de Carregosa.
Além de mim. o grupo inicialmente começou com Cláudio Cardoso, Filipe Rodrigues, Fernando Pinheiro, Hélio Soares, Isabel Cristina, Jean Ascenso, Luís Almeida e Miguel Silva. Mais tarde e para a luz veio a entrar Firmino Formigal e já numa fase final como actor Carlos Sousa assim como o Pedro, namorado da Isabel, e Jorge Jesus para apoiar na luz na falha do Firmino. O Cláudio, por motivos de estudos, afastou-se ao fim de alguns ensaios.
Todos juntos trabalhos e construímos algo cómico e mágico a que lhe chamamos "Diz-Parates". Uma hora e dez minutos de brincadeiras em palco que faziam sair gargalhadas aos mais introvertidos e lágrimas aos mais extrovertidos.
Em aproximadamente três anos actuamos por cerca de 20 vezes e passamos momentos lindos de amizade, fraternidade e convívio. Conseguimos uma menção honrosa na eliminatória distrital da primeira edição do concurso de teatro amador do INATEL.
Em 2005 começamos a ensaiar o segundo trabalho dos "Diz-parates" a que tudo indicava se iria chamar "Diz-Parate URATE". Mas por motivos pessoais, a Isabel Cristina afastou-se, assim como o Fernando Pinheiro, o Filipe Rodrigues, o Firmino Formigal e o Pedro.
Foi um caos. O grupo desintegrou-se e chegou mesmo a estar parado durante muito tempo sem ensaiar. Fizemos de tudo para que a nossa líder não se fosse embora, chegamos mesmo a propor ir ensaiar a casa dela, o que daria uma deslocação de cerca de 30 km por ensaio, mas nem isso a demoveu de se ir embora. Com muita mágoa eu sei, mas foi.
Com muito esforço, muita discussão, com novos elementos como o Rui Freitas, o Christophe Ascenso, o Alípio Soares e com ideias que não passavam disso mesmo, ideias que não saiam para o palco.
Mas finalmente em Julho de 2007 conseguimos levar a palco um pequeno trabalho dos "DIIzparates" com 15 minutos, que nos deu um grande fôlego para em Novembro do mesmo ano apresentar em Carregosa a uma casa cheia a rebentar pelas costuras, um trabalho de uma hora e meia.
Desde então, foram 40 actuações em dois anos e meio, percorremos Portugal desde Lisboa, Castelo Branco, Guarda, Tomar, Castelo de Paiva, Esmoriz, Santa Maria da Feira, Carregal do Sal, Cabanas de Viriato, Santa Comba Dão e outras freguesias nas redondezas de Carregosa. Vencemos a eliminatória distrital do concurso nacional de teatro amador do INATEL e arrecadamos um excelente sexto lugar em Lisboa na final com todos os vencedores de todos os distritos. Actuamos por duas vezes com os fundos a reverter para uma missão humanitária em São Tomé e Príncipe, na qual eu também fiz parte. Nessa ida a São Tomé, não resisti e, pegando num grupo de 15 crianças são-tomenses, fiz meia hora de Dizparates com eles. Os Dizparates fizeram por momentos esquecer a fome, a falta de brinquedos, a falta de escola, a falta de amor e deliciaram cerca de 100 pessoas que assistiram ao "Show".
Começamos a preparar o terceiro trabalho e ideias não faltaram até que em 15 de Junho de 2009 a Isabel Cristina "apareceu" e nos encantou com a ideia de que poderia voltar a trabalhar connosco. Ficamos radiantes mas depressa o sonho se tornou pesadelo. Ofereceu-se para vir trabalhar connosco mas com uma peça escrita por ela, não admitindo sequer a hipótese de conhecer o trabalho que já estávamos a desenvolver e ameaçando-nos de plágio de uma ideia de Isabel Cardoso que estava patenteada.
Exigiu o seu nome no cartaz, sendo essa a única forma de não nos acusar de plágio.
Ando sem fome, ando sem palavras, ando triste por ver este sonho mágico chamado Dizparates transformado em algo que nem sei explicar. Algo que nada tem a ver com o objectivo inicial. Esqueceram-se os momentos, esqueceram-se as amizades e fomos chamados ironicamente de "Meus queridos".
Acabou assim o sonho, a amizade.
Os "Dizparates" não têm futuro na URATE porque nada iria ser como antes, fosse de quem fosse a razão.
Seguiremos em frente sem medo e com a esperança que da árvore morta rebentará uma outra com mais força.
Ficam as boas recordações de sete anos de diversão em palco.
Bem haja URATE

PS. As palavras acima escritas são a minha versão dos factos, pelas quais me responsabilizo inteiramente.

José Augusto Santos

Os actores de Dizparates (faltando o Filipe Rodrigues)



Actores de DIIzparates


Em São Tomé e Príncipe

terça-feira, 26 de maio de 2009

Cidadania

A educação em Portugal vai de mal a pior.
Fecham-se as escolas onde ainda se ensinavam valores. Onde os responsáveis pela educação eram tratados por SR.s Professores. Onde se dizia Bom Dia por quem passa na rua.
A educação em Portugal é, nada mais nada menos, que um local de propaganda política, onde alguns querem distribuir preservativos insinuando que os adolescentes portugueses são burros e cegos e não sabem onde os comprar, e não admitem que procuram ali um trampolim político aos olhos dos mais velhos do seu partido.
Outros, vêm nos professores um forma de luta para se afirmarem perante um mundo político que sempre os rejeitou.
A escolas viraram "reality show", onde cada vez mais assistimos a guerras verbais violentas entre os professores e os alunos, onde assistimos a vergonhosas conversas de pessoas que não têm coragem para ir a um psicólogo resolver os seus problemas.

Não se ensinam valores, não se incentivam as famílias nem as poupanças. Liberaliza-se tudo porque é a melhor forma de agradar as massas eleitorais.

Srs governantes, dêem aos filhos dos portugueses aquilo que sonham para os vossos, dêem aos portugueses aquilo desejais para vós, ou então, abandonem a politica e dediquem-se ao sector administrativo bancário.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Quase um ano depois


Passado que está quase um da minha passagem por São Tomé e Príncipe, recordo aqui com muita saudade o povo Santomense.

Ver mais fotografias de São Tomé clicando aqui

segunda-feira, 4 de maio de 2009

sábado, 2 de maio de 2009

sábado, 25 de abril de 2009

25 de Abril - 35 anos



Bem haja as estes verdadeiros heróis.

Os nossos militares ensinaram ao mundo que o povo é quem mais ordena e não as armas.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Águas passadas



Moimenta, na freguesia de Cabril, concelho de Castro D'Aire

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009