
A Minha Aldeia
Esta é a minha aldeia, e é bela
Cada vez gosto mais dela
Pois foi aqui que nasci
E sempre nela vivi
Quando saio para a rua
Todo o meu corpo se agita
Pois vejo como é bonita
Observo a rústica paisagem
Gravo tudo, cada esquina, cada imagem
E com uma emoção crescente
Continuo a olhar, a caminhar,
Ouço frangos, galinhas e galos
Cada um com o seu cantar.
Vejo andorinhas nos beirais,
E gatos correndo atrás de pardais.
E ao longe do cimo do monte
Vem cheiro dos pinhais
Tanta gente! Tanta luta!
Tanto sonho! Tanta mágoa!
São pessoas que lutam que trabalham
E com o suor do rosto lavam
As mágoas que têm por dentro
São campos para cultivar
São animais pachorrentos
Que mais logo os vão lavrar.
São crianças que correm livremente
Atrás da bola a sorrir e a brincar
São automóveis, carrinhas e tratores
São bicicletas, trotinetes e motas
Que roncam com os seus motores
É o peixeiro que vem ao longe
Pois já se ouve a buzina
São as mulheres que vão comprar
O peixe que vem fresquinho
Para preparar o almoço
Com um arroz de malandrinho.
Lucília Melo
Um abraço amiga,
Até um dia destes...